Alguém me ensina a pensar menos nele? Alguém me
ensina a não repetir centenas de vezes à mesma cena na cabeça? E não
fazer dessas lembranças o meu maior martírio? Porque dói, dói muito
pensar que há pouco tempo eu estive inteira com ele e o deixei partir,
assim, sem insistir, sem nem um “fica mais um pouco?”. É possível não
sentir esses arrepios ao lembrar-me do toque, do cheiro, do beijo dele?
Ah, eu daria tanta coisa para que aquele anjo estivesse aqui comigo
agora, hoje, amanhã, sempre. Eu daria tudo pra vê-lo sorrir mais uma vez
pra mim.
— Caio Fernando de Abreu
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